Entre janeiro e maio deste ano, o Brasil contabilizou 4.393 mortes em acidentes de trânsito, resultando em uma média de 29 vítimas por dia. Embora o número represente uma redução em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 6.575 mortes, a situação permanece alarmante. De acordo com o Ministério dos Transportes, 41,8% dos motoristas envolvidos nos acidentes estavam sob efeito de álcool, uma infração que o Código de Trânsito Brasileiro penaliza severamente com prisão e suspensão da habilitação.

O excesso de velocidade foi identificado como responsável por quase um terço das fatalidades. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), um aumento de 1% na velocidade média eleva em 4% o risco de acidentes fatais e em 3% o de acidentes graves. Motociclistas continuam sendo os mais vulneráveis, com 12.870 mortes registradas no ano passado, seguidos por 5.351 pedestres e 1.410 ciclistas.

A OPAS ressalta a necessidade de melhorias nas legislações e infraestruturas de segurança viária, incluindo a melhoria das condições das vias e a adoção de tecnologias de segurança veicular. Globalmente, 1,35 milhão de pessoas morrem anualmente em acidentes de trânsito, sendo 90% das vítimas de países de baixa e média renda.

Recentemente, o caso do motorista de aplicativo Fernando Sastre de Andrade Filho, envolvido em um acidente fatal em São Paulo, chamou a atenção. A Justiça negou seu pedido de soltura, citando excesso de velocidade e um histórico de multas como fatores determinantes para a decisão.