O Brasil fez história no cinema na noite deste domingo, dia 2, com a conquista inédita do Oscar de melhor filme internacional para “Ainda Estou Aqui”. A cerimônia de premiação, realizada em Los Angeles (EUA), consagrou o longa-metragem dirigido por Walter Salles.
“Em nome do cinema brasileiro, é uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário”, declarou o diretor ao receber a estatueta. “Ainda Estou Aqui” concorreu com “A garota da agulha” (Dinamarca), “Emilia Pérez” (França), “A semente do fruto sagrado” (Alemanha) e “Flow” (Letônia).
O filme também disputava os prêmios de melhor atriz (Fernanda Torres) e melhor filme, mas perdeu para “Anora” em ambas as categorias. O longa-metragem é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e narra a história real de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres), advogada e ativista que buscou a verdade sobre o desaparecimento de seu marido, o ex-deputado federal Rubens Paiva (interpretado por Selton Mello), assassinado durante a ditadura militar.
“Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande no regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir… Esse prêmio vai para ela: o nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”, disse Walter Salles em seu discurso de agradecimento. O filme é uma produção original do Globoplay.