A Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Santa Catarina informou que está pronta para incorporar a vacina contra as complicações causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) no Sistema Único de Saúde (SUS). A medida, que visa proteger bebês de graves infecções respiratórias, aguarda a definição da estratégia de implementação por parte do Ministério da Saúde.
A recomendação de incorporar a vacina contra o VSR no Brasil foi anunciada na segunda-feira (17) pelo Ministério da Saúde. Serão duas novas tecnologias disponíveis no SUS: o anticorpo monoclonal nirsevimabe e a vacina recombinante contra os vírus sinciciais respiratórios A e B.
A iniciativa busca reduzir a mortalidade infantil associada ao VSR, imunizando gestantes e bebês prematuros. O vírus é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e até 60% das pneumonias em crianças menores de 2 anos.
Dados alarmantes:
- Uma em cada cinco crianças infectadas pelo VSR necessita de atendimento ambulatorial.
- Uma em cada 50 é hospitalizada no primeiro ano de vida.
- Entre 2018 e 2024, foram registradas 83.740 internações de bebês prematuros no Brasil devido a complicações do VSR.
Novas tecnologias:
- Nirsevimabe: anticorpo monoclonal que protege bebês prematuros e crianças com comorbidades.
- Vacina recombinante: induz resposta imunológica na gestante, protegendo o recém-nascido nos primeiros meses de vida.
A expectativa é ampliar a proteção para 300 mil crianças a mais do que o protocolo atual e beneficiar cerca de 2 milhões de nascidos vivos com a vacina para gestantes.
A SES aguarda o Ministério da Saúde definir a estratégia de implementação para iniciar a vacinação em Santa Catarina.