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    Rádio Alvorada 94.5 - Santa Cecília
Foto: Yandex

Petrobras registra prejuízo bilionário e surpreende o mercado

A Petrobras (PETR4) encerrou o quarto trimestre de 2024 com um prejuízo líquido de R$ 17,04 bilhões, revertendo o lucro registrado no mesmo período do ano anterior. O resultado foi influenciado principalmente pela desvalorização cambial e pelo aumento das provisões operacionais, fatores que, apesar de afetarem o balanço da companhia, não tiveram impacto direto no caixa. No acumulado do ano, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 36,6 bilhões, o que representa uma queda de 70,6% em relação a 2023.

Apesar do prejuízo trimestral, a Petrobras anunciou a distribuição de R$ 9,1 bilhões em dividendos aos acionistas. A decisão gerou repercussão no mercado, especialmente após a forte queda das ações na última sessão. Os papéis da companhia (PETR4) recuaram 3,53%, fechando cotados a R$ 36,61, após testarem o suporte em R$ 35,48. O movimento de queda ocorreu em meio a uma tendência de correção no mercado, pressionando o papel abaixo das médias móveis e ligando um sinal de alerta para investidores.

Cenário técnico das ações

A análise gráfica mostra que a PETR4 enfrentou um movimento de baixa ao testar a resistência no topo histórico de R$ 38,66. A forte desvalorização levou a ação a romper níveis importantes, sendo sustentada apenas pelo suporte imediato em R$ 35,48. No entanto, a formação de um padrão gráfico conhecido como “martelo”, com longa sombra inferior, sugere interesse comprador na região, o que pode indicar uma possível reação no curto prazo.

Se a ação superar a máxima da última sessão, em R$ 36,74, poderá buscar o fechamento do gap e retomar a região das médias móveis, mirando inicialmente os níveis de R$ 37,40 e R$ 37,65, com potencial para alcançar novamente o topo histórico em R$ 38,66. Caso a força compradora se intensifique, alvos mais longos podem ser projetados entre R$ 39,55 e R$ 40,80.

Por outro lado, se a pressão vendedora continuar e o suporte de R$ 35,48 for perdido, a PETR4 pode intensificar o movimento de queda, testando a média de 200 períodos, em R$ 35,00. Caso esse nível também seja rompido, a ação poderá buscar patamares mais baixos, com alvos na faixa de R$ 33,80/R$ 32,60 e, em um cenário de maior desvalorização, entre R$ 31,30 e R$ 30,90.

O Índice de Força Relativa (IFR) da ação está em 41,11, próximo da zona de sobrevenda, o que pode favorecer uma recuperação, desde que haja entrada de fluxo comprador nos próximos pregões.

Tendência de médio e longo prazo

No gráfico semanal, a Petrobras ainda mantém uma tendência de alta no médio e longo prazo, apesar da recente correção. A ação tem renovado topos sucessivos nos últimos meses, mas a forte queda recente levou a cotação a testar a região das médias móveis, que pode atuar como suporte relevante.

Para que a tendência positiva seja retomada, será essencial que a PETR4 volte a negociar acima das médias móveis e supere o topo histórico de R$ 38,66. Caso isso ocorra, os próximos alvos projetados estariam entre R$ 39,00/R$ 40,00 e, em um cenário mais otimista, entre R$ 42,00 e R$ 43,50.

Entretanto, se a ação perder os suportes em R$ 35,90 e R$ 35,50, a pressão vendedora pode se intensificar, levando a PETR4 a buscar níveis mais baixos, com possíveis alvos entre R$ 32,60/R$ 30,90 e, em um cenário mais negativo, entre R$ 28,90 e R$ 27,20.

Expectativa para os próximos pregões

O comportamento das ações da Petrobras nos próximos dias será decisivo para determinar se a tendência de alta será retomada ou se o movimento de correção se aprofundará. A recuperação dos preços dependerá da reação dos investidores às recentes oscilações do mercado e aos desdobramentos da política de distribuição de dividendos da companhia.

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