A Assembleia Legislativa promoveu, na noite de quinta-feira (02), sessão especial em homenagem aos hospitais filantrópicos do estado de Santa Catarina. A deputada Paulinha (Sem Partido) foi a proponente da homenagem às instituições que somam mais de 140 unidades hospitalares no estado e respondem por cerca de 70% dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Paulinha afirmou que a homenagem foi a forma encontrada para trazer luz ao trabalho edificado pelas mãos dos profissionais e dirigentes das unidades de saúde. “Ao longo da minha vida, tenho encontrado nos hospitais filantrópicos uma porta que, quando se abre, nunca mais e fecha, apesar das inúmeras dificuldades e sofrimentos que a causa da saúde tem proporcionado a quem se propõe a servir a esses instrumentos”, refletiu. A parlamentar reiterou seu apoio e gratidão ao segmento hospitalar filantrópico catarinense.
O presidente do Conselho Diretor do Hospital e Maternidade Oase, de Timbó, Osvaldo Trisotto, ao discursar em nome dos homenageados, falou sobre os desafios enfrentados pelas instituições hospitalares ao longo da pandemia de Covid-19 e de como as dificuldades exigiram que os hospitais se reinventassem para superar problemas como falta de profissionais e custo elevado de medicamentos. “A pandemia foi um aprendizado, pois com a solidariedade, a persistência e a resiliência de todos nós, conseguimos superar as dificuldades.” Trisotto comanda o Hospital Oase há dez anos e afirmou que, em 2011, quando assumiu, o hospital estava praticamente de portas fechadas, como muitos em Santa Catarina. “Conseguimos saneá-lo, reerguê-lo, para atender bem a comunidade, graças às parcerias com a comunidade.
O presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado Santa Catarina, Giovani Nascimento, frisou que os hospitais filantrópicos e privados de Santa Catarina fizeram a diferença frente à pandemia, a maior adversidade da história da saúde pública mundial, na opinião dele.
Nascimento registrou preocupação com a disseminação da nova cepa de coronavírus, a Ômicron, e defendeu que a população continue adotando as medidas de prevenção. “Temos convicção de que o caminho ainda é longo para o controle da pandemia, por isso contamos com o apoio deste Parlamento e a sensibilidade do governo do Estado.” A manutenção de leitos de terapia intensiva e a realização das cirurgias eletivas represadas foram as duas prioridades apontadas pelo dirigente.
Já a presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas de Santa Catarina, irmã Neusa Lucio Luiz, afirmou que os hospitais filantrópicos “têm feito esforços sobrenaturais para dar reposta ao atendimento da população catarinense”. Ela frisou que todos os profissionais, da equipe clínica aos que trabalham na higienização, merecem um grande aplauso. Conforme irmã Neusa, os gestores têm preocupação com o aumento dos custos decorrentes da pandemia e uma grande angústia de saber de onde virá o financiamento para arcar com esses custos.
Entre as entidades homenageadas, está o Hospital e maternidade de Santa Cecília, com a presença do presidente do Hospital, Luiz Carlos Costa Moreira, a enfermeira Mariane Barcelo e as técnicas em enfermagem; Mariele Max e Madalena Gomes.
FONTE: ALESC / RÁDIO ALVORADA 94,5 FM