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    Rádio Alvorada 94.5 - Santa Cecília
Foto: Patrick Rodrigues/NSC

Final do Catarinense 2025 termina em confusão e agressões na Ressacada

A decisão do Campeonato Catarinense 2025, disputada no sábado, 22 de março, no Estádio da Ressacada, em Florianópolis, foi marcada por um desfecho turbulento que extrapolou os limites do esporte. O empate em 1 a 1 entre Avaí e Chapecoense, que garantiu o 19º título estadual ao time da casa, ficou em segundo plano diante de uma série de episódios violentos registrados após o apito final. O árbitro Gustavo Ervino Bauermann, responsável pela partida, detalhou em sua súmula um cenário de agressões, invasão de campo e tentativas de intimidação que envolveram jogadores, comissão técnica e torcedores. O confronto, que deveria ser uma celebração do futebol catarinense, transformou-se em um campo de batalha, gerando indignação e debates acalorados nas redes sociais. Enquanto a torcida do Avaí comemorava a conquista, o técnico da Chapecoense, Gilmar Dal Pozzo, perdeu o controle. Segundo o relato oficial, ele invadiu o gramado, apontou o dedo no rosto e no peito de Bauermann e tentou agredi-lo fisicamente, sendo contido pelo quarto árbitro, William Machado Steffen, que acabou levando um tapa violento no braço. Não satisfeito, Dal Pozzo ainda desferiu um tapa no rosto do lateral avaiano Mário Sérgio, um ato que, devido ao caos generalizado, não resultou em cartão vermelho imediato. A polícia precisou intervir para encerrar a confusão. No mesmo contexto, a torcida do Avaí, eufórica com o título, invadiu o campo para festejar junto aos jogadores, mas a celebração foi manchada por outro incidente grave. O volante Jorge Jimenéz, da Chapecoense, já expulso durante o jogo, voltou ao gramado e atacou torcedores adversários. Vídeos que circulam online mostram o jogador paraguaio acertando uma “voadora” nas costas de um torcedor desprevenido, que caiu no chão, seguido de um chute violento na cabeça da vítima antes de fugir em direção ao vestiário. Jimenéz também foi acusado de quebrar placas de publicidade com chutes e empurrões enquanto tentava alcançar os árbitros, que saíam escoltados. A arbitragem tentou registrar um boletim de ocorrência no estádio, mas, sem sucesso, prometeu formalizar a queixa posteriormente. A repercussão dos eventos transformou a final em um símbolo de descontrole, com a rivalidade entre os clubes alcançando um ponto crítico. A Federação Catarinense de Futebol ainda não se pronunciou oficialmente, mas a expectativa é de que o Tribunal de Justiça Desportiva analise os incidentes, que expõem falhas na segurança e na conduta dos envolvidos. O que era para ser uma festa do esporte terminou como um capítulo sombrio na história do campeonato.

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