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    Rádio Alvorada 94.5 - Santa Cecília
FOTO: reprodução

EUA impõem tarifas sobre aço e alumínio, e Brasil pode ser afetado

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a aplicação de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, atingindo diretamente países como Canadá, México e Brasil. A medida, que entra em vigor a partir de 12 de março, tem potencial para encarecer os produtos importados no mercado norte-americano e alterar a balança comercial global. Canadá e México, que juntos representam cerca de 40% das importações de aço dos EUA, também estão entre os mais afetados.

O economista-chefe da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Pablo Bittencourt, explica que, no curto prazo, essa taxação deve elevar os preços do aço nos Estados Unidos, tornando as importações mais caras e incentivando a produção interna. Esse cenário pode levar a uma queda no volume de compras do exterior ao longo do tempo, forçando ajustes nos países exportadores.

Para o Brasil, que é o segundo maior fornecedor de aço para os Estados Unidos, a nova tarifa representa um desafio. O setor industrial brasileiro teme impactos negativos e aposta em negociações entre os governos para amenizar os efeitos da medida. O governo norte-americano já demonstrou, em casos anteriores, a estratégia de anunciar tarifas elevadas para depois renegociar condições. O Canadá, por exemplo, conseguiu uma suspensão temporária da taxação, e especialistas apontam que o Brasil pode buscar um caminho semelhante.

Caso as exportações brasileiras para os EUA diminuam significativamente, uma das possíveis consequências será a queda no preço do aço no mercado interno. Esse efeito pode beneficiar setores que dependem da matéria-prima, reduzindo custos de produção para indústrias nacionais. No entanto, a imposição das tarifas traz incertezas e reforça a necessidade de articulação diplomática para minimizar prejuízos ao setor siderúrgico do Brasil.

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