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    Rádio Alvorada 94.5 - Santa Cecília

Especialistas alertam sobre o “café fake”, produto mais barato que pode conter impurezas

Nos últimos dias, um novo tipo de café, apelidado de “café fake”, tem chamado a atenção nos supermercados brasileiros. Vendido por preços até 50% mais baixos que os cafés tradicionais, o produto levanta sérias preocupações entre especialistas por suspeita de fraude e possíveis riscos à saúde.

Segundo Pavel Cardoso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o “café fake” não atende aos padrões estabelecidos pelo Código do Café e é considerado inadequado para consumo. A Abic denuncia que essas empresas misturam aos grãos elementos como cascas, folhas, açúcar e, em casos mais extremos, até terra.

A popularidade desse produto cresceu em meio à alta da inflação, que encareceu o café tradicional. Mesmo cientes da qualidade inferior, muitos consumidores optam pelo café mais barato devido às dificuldades financeiras.

Diante desse cenário, a Abic emitiu um alerta a órgãos reguladores e associações de supermercados, como a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), pedindo mais fiscalização para impedir que as embalagens contenham informações enganosas.

Além disso, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já havia emitido um alerta em novembro de 2024, desclassificando sete marcas de café torrado consideradas impróprias para consumo. Entre elas estão Conquista, Cooperbac, Fino Sabor Superior, Rio Preto, Pedrosa, Caseiro Mineiro e Café Pioneiro.

A Abic reforça que os consumidores devem ficar atentos à procedência dos cafés adquiridos e denunciar irregularidades às autoridades para evitar riscos à saúde.

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