O mercado de trabalho brasileiro apresentou sinais de instabilidade no início de 2025, com a taxa de desocupação registrando aumento pelo segundo trimestre consecutivo. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice atingiu 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, um aumento em relação aos 6,2% registrados no trimestre anterior.

Apesar da alta recente, a taxa de desemprego ainda se mantém abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, quando estava em 7,4%. O número de pessoas desocupadas chegou a 7,2 milhões, um aumento de 5,3% em relação ao trimestre anterior. No entanto, na comparação anual, houve uma queda de 13,1% no número de desempregados.

Enquanto o número de desocupados aumentou, a população ocupada totalizou 103 milhões de pessoas, registrando uma queda de 0,6% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 2,4%.

Uma notícia positiva para os trabalhadores brasileiros é o aumento da renda média. O rendimento real habitual dos trabalhadores alcançou R$ 3.343, um aumento de 1,4% no trimestre e de 3,7% no comparativo anual. A massa de rendimento real habitual, que soma os ganhos de todos os trabalhadores, ficou estável no trimestre, mas apresentou alta de 6,2% no ano, atingindo R$ 339,5 bilhões.

Os dados do IBGE refletem um cenário de ajustes no mercado de trabalho, com aumento da taxa de desocupação no curto prazo, mas uma tendência de melhora na comparação anual. O comportamento da economia nos próximos meses será decisivo para determinar se o desemprego continuará subindo ou se retomará a trajetória de queda registrada em 2024.