Dois homens foram condenados a cumprir penas de 29 anos de prisão pelo assassinato de um colega, vítima de uma emboscada brutal em março de 2019, no interior de Lages, na Serra catarinense.
Uma terceira pessoa também participou da ação, mas foi absolvida. Além da condenação por homicídio triplamente qualificado, considerando dissimulação, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, os acusados também enfrentaram acusações de fraude processual.
De acordo com o tribunal, os autores cometeram o crime utilizando uma chave de fenda e um cadarço em meio à mata, após atrair a vítima para uma suposta caçada de tatus em uma fazenda.
Ao chegarem ao local, um dos envolvidos deu a ordem para a execução. Os outros dois agiram sobre o homem, segurando seus braços e desferindo um golpe com uma chave de fenda no lado esquerdo do peito. Com a vítima ajoelhada, eles passaram um cadarço em seu pescoço e fizeram um torniquete com a ferramenta. A boca da vítima foi pressionada para evitar que gritasse.
Posteriormente, eles lavaram o corpo da vítima, trocaram suas roupas, ocultaram uma camiseta, descartaram as botas de borracha e transportaram o cadáver para outra localidade, onde o abandonaram na tentativa de eliminar vestígios do crime.
O motivo do crime estava relacionado à suspeita de que a vítima havia ido até a delegacia para denunciar o envolvimento de um dos réus com tráfico de drogas.
Na sentença, um dos homens foi condenado a 16 anos de reclusão e seis meses de detenção, enquanto o outro teve uma pena estabelecida em 12 anos de reclusão e seis meses de detenção, todas com cumprimento inicial em regime fechado.