O Brasil registrou sua pior nota no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023, divulgado anualmente pela Transparência Internacional. O país caiu da 96ª para a 104ª posição no ranking global e, entre os 180 países avaliados, ocupa atualmente a 107ª colocação.
Com uma pontuação de 34 em 2024, o Brasil perdeu 38 posições nos últimos dez anos, período em que chegou a estar empatado com países da União Europeia, como Itália e Grécia. Hoje, porém, se encontra próximo a nações como Argélia, Nepal e Turquia. A melhor nota já registrada pelo país foi 43, nos anos de 2012 e 2014.
O IPC é um dos principais indicadores globais sobre corrupção, consolidando dados de diversas fontes, incluindo acadêmicos e especialistas, para medir a percepção de corrupção no setor público. A escala do índice varia de zero a 100, sendo que notas mais altas indicam maior integridade.
Entre os fatores negativos destacados pela Transparência Internacional em 2023 estão a falta de posicionamento do presidente Lula sobre a pauta anticorrupção, a baixa transparência no Novo PAC, a repactuação de acordos de leniência da Lava Jato e o descontrole das emendas parlamentares.
No ranking global, Dinamarca, Finlândia e Cingapura lideram como os países mais íntegros, enquanto Sudão do Sul, Somália e Venezuela ocupam as piores posições. Na América Latina, Uruguai, Chile e Costa Rica estão no topo da lista, seguidos por Argentina, Peru e Bolívia.
A Controladoria-Geral da União (CGU) minimizou a queda do Brasil no índice, alegando limitações metodológicas na avaliação e destacando que o país segue atuando no combate à corrupção.