O Brasil registrou 341.806 acidentes com animais peçonhentos ao longo de 2023, sendo 43.933 ocasionados por aranhas, o que corresponde a 12% do total. O Ministério da Saúde alertou que as aranhas são atualmente o segundo maior causador de envenenamentos por animais peçonhentos no país, ficando atrás apenas dos escorpiões.
Principais aranhas causadoras de acidentes
Embora o Brasil tenha uma rica biodiversidade de aranhas, apenas três grupos principais são responsáveis por acidentes graves. Essas aranhas convivem com a população em ambientes urbanos e rurais, sendo frequentemente encontradas em casas, quintais e parques.
- Loxosceles (aranha-marrom ou aranha-violino): A picada causa dor leve e pode evoluir para lesões com palidez, bolhas e até insuficiência renal nos casos mais graves.
- Phoneutria (aranha-armadeira ou macaca): A picada provoca dor imediata e intensa, inchaço, formigamento e, em alguns casos, suor excessivo no local da picada.
- Latrodectus (viúva-negra): Os sintomas incluem dor, suor generalizado, alterações na pressão e batimentos cardíacos, além de tremores, ansiedade e, em casos graves, choque.
O que fazer em caso de picada
Caso ocorra um acidente com aranhas ou outros animais peçonhentos, é essencial seguir as seguintes orientações:
- Procurar atendimento médico imediatamente.
- Fotografar ou descrever as características do animal ao profissional de saúde.
- Lavar o local da picada com água e sabão, se possível.
- Fazer compressas mornas para aliviar a dor.
Os soros antivenenos, como o soro antiaracnídico, estão disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e podem ser obtidos em hospitais públicos ou privados que ofereçam tratamento gratuito.
Prevenção
Medidas simples podem ajudar a prevenir acidentes com aranhas:
- Manter jardins e quintais limpos.
- Evitar acúmulo de entulhos, folhas secas e lixo doméstico perto de casa.
- Inspecionar roupas e sapatos antes de usá-los.
- Vedar frestas e buracos em paredes e assoalhos.
Em caso de emergência, a orientação é contatar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) ou o Corpo de Bombeiros (193). O Centro de Informação e Assistência Toxicológica da região também pode ser consultado para orientações.