Santa Catarina se destaca no cenário nacional por apresentar uma das menores taxas de desemprego do Brasil e, adicionalmente, um índice notavelmente baixo de jovens “nem-nem”. Este termo, que se refere àqueles que não estão engajados nem em estudos, nem em trabalho, revela que apenas 10,6% dos jovens catarinenses se encontram nessa condição, superando significativamente a média nacional de 17,3%.
De acordo com dados recentes divulgados pela Secretaria de Estado do Planejamento, Santa Catarina ostenta a menor taxa de jovens “nem-nem” do país. O Distrito Federal e o Rio Grande do Sul ocupam as segunda e terceira posições, com 10,7% e 11,6%, respectivamente. A pesquisa, embasada nos resultados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgados pelo IBGE em fevereiro deste ano, revela um panorama detalhado sobre o perfil desses jovens no estado.
No que tange ao gênero, 63,5% das mulheres em Santa Catarina encontram-se na situação “nem-nem”, enquanto 36,5% dos homens também estão fora do mercado de trabalho e da educação. Quanto à raça, a maior parte da população “nem-nem” no estado é branca (65,3%), seguida por 33,8% que se identificam como preta ou parda, e 0,88% como indígena. Esses números refletem a composição demográfica da população jovem do estado.
Globalmente, o termo “nem-nem” tem origem no inglês “NEET” (Not in Education, Employment, or Training). Em escala global, 20,4% dos jovens se encontram nessa situação, conforme dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Na América Latina, esse número apresentou uma ligeira queda, passando de 21,3% em 2019 para 19,6% em 2023, com destaque para o fato de que dois em cada três jovens “nem-nem” são mulheres.
