Santa Catarina está prestes a firmar um acordo inovador com a Embaixada dos Estados Unidos com o objetivo de compartilhar informações e iniciativas sobre segurança escolar e a criação de ambientes acolhedores. O Ministério Público do estado (MPSC) anunciou essa colaboração, que visa buscar modelos de redução da violência nas escolas que já provaram ser eficazes nos EUA, apesar de o país norte-americano ter enfrentado alguns dos piores índices de ataques a escolas em todo o mundo. Esses programas foram intensificados após o trágico massacre na Escola Columbine em 1999.
A proposta partiu de uma comitiva de Santa Catarina, composta por membros do Comitê de Operações Integradas de Segurança Escolar (Comseg Escolar), que estava em missão nos Estados Unidos. Essa iniciativa surge em resposta a eventos trágicos em Santa Catarina, como o ataque a uma creche em Blumenau, que resultou na morte de quatro crianças e ferimentos em outras cinco em abril deste ano, e o ataque em Saudades em 2021, onde três crianças e duas professoras foram mortas.
O Comseg Escolar é um grupo composto por mais de 30 entidades e foi estabelecido após a tragédia de Blumenau. Sua missão é criar um ambiente pacífico nas escolas, estabelecer políticas de longo prazo para reduzir a violência nas instituições de ensino e focar em iniciativas pedagógicas e no acompanhamento dos estudantes.
Antes de visitar os Estados Unidos, a comitiva do Comseg Escolar realizou uma missão internacional em Medellín, na Colômbia, para conhecer ações bem-sucedidas na redução da violência escolar. Eles exploraram instalações públicas em comunidades, escolas, espaços culturais e centros de formação de professores, além de ouvir especialistas sobre a transformação de Medellín.
Essa colaboração entre Santa Catarina e a Embaixada dos EUA tem o potencial de aprimorar significativamente a segurança nas escolas e criar um ambiente mais favorável ao desenvolvimento dos estudantes.