--:--
--:--
  • cover
    Rádio Alvorada 94.5 - Santa Cecília

Preço do café e da carne segue em alta e preocupa consumidores

Os brasileiros que consomem café e carne precisam preparar o bolso, pois os preços desses produtos continuam subindo. Em janeiro, a alta média foi de 1,6%, e as projeções indicam que esse movimento deve persistir ao longo de 2025. No ano passado, ambos os alimentos já haviam registrado um aumento significativo, com a carne e o café acumulando reajustes médios de 8%.

O economista Thiago Carvalho, do Cepea/Esalq/USP, explica que a carne bovina segue pressionada por fatores como o dólar valorizado, que incentiva exportações e reduz a oferta no mercado interno. Além disso, a demanda internacional segue aquecida, enquanto concorrentes como Estados Unidos e Argentina enfrentam dificuldades na produção.

No caso do café, a situação também é preocupante. Renato Garcia Ribeiro, especialista do Cepea, aponta que a escassez global do grão tem elevado os preços. A produção foi impactada por condições climáticas adversas no Brasil, maior produtor mundial de café arábica, e no Vietnã, principal fornecedor da variedade robusta. Como resultado, a saca de café arábica mais que dobrou de preço, saltando de R$ 1.000, em janeiro de 2024, para R$ 2.250 no início de 2025.

Além do café e da carne, outros alimentos essenciais também encareceram. O abacate lidera a alta, com um aumento de 174% em 2024. O quilo da fruta, que custava cerca de R$ 5 no início do ano passado, ultrapassou os R$ 20 em dezembro. A laranja-lima subiu 91%, enquanto a laranja-pera teve um aumento de 48%. O café moído ficou 39,6% mais caro, o óleo de soja subiu 29,2% e o azeite de oliva teve alta de 21,5%.

Diante desse cenário, especialistas recomendam cautela nos gastos e a busca por alternativas mais acessíveis para manter o equilíbrio no orçamento doméstico.

Compartilhe