Relatos revelam falhas no atendimento e na resposta da escola diante das agressões sofridas pelo adolescente, gerando comoção e pedidos de investigação.

A morte de Carlos Gomes, de 13 anos, em decorrência de agressões sofridas na Escola Estadual Júlio Pardo Couto, em Praia Grande, litoral de São Paulo, levantou sérias questões sobre segurança e responsabilidade institucional. Segundo seu pai, Julysses Názara, a escola negligenciou o caso, minimizando a gravidade das agressões e recusando-se a tomar medidas efetivas para proteger o adolescente.

Relatos revelam que, após as agressões, Carlos começou a sofrer fortes dores nas costas, seguidas de falta de ar, calafrios e febres altas. Apesar disso, as autoridades da escola teriam falhado em oferecer o suporte adequado. O pai do adolescente alega ter sido questionado sobre uma possível agressão ao filho e recebido indicações para tratamentos psicológicos, enquanto o verdadeiro problema de saúde de Carlos era negligenciado.

Após uma série de idas ao Pronto Socorro Central da Praia Grande, onde o adolescente foi liberado após tomar uma injeção na região da coluna, e diagnósticos equivocados de escoliose e dor nas costas, Carlos foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santos, onde foi diagnosticado com uma infecção pulmonar avançada. O óbito foi confirmado no hospital da cidade.

As falhas no atendimento e na resposta da escola causaram indignação e comoção. O pai de Carlos relatou que suas solicitações por uma reunião com os pais dos agressores foram negadas pela subdiretora da escola. Além disso, mães de outros estudantes protestaram contra o ocorrido, demandando por justiça e segurança nas escolas.

Diante da gravidade do caso, a deputada estadual Andréa Werner encaminhou um ofício às secretarias estaduais de Segurança Pública e Educação, cobrando uma investigação urgente sobre a morte do adolescente. Ela destacou a importância de garantir que as escolas sejam lugares seguros para todas as crianças e adolescentes.