Três agentes prisionais acusados de exigirem vantagens sexuais a presas e funcionárias no Presídio Regional de Caçador, no Oeste catarinense, foram condenados por tortura e associação criminosa, entre outros crimes, segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O nome dos envolvidos não foi divulgado. Cabe recurso da decisão.
As violações foram praticadas por agentes em cargos superiores e ocorreram entre dezembro de 2012 e janeiro de 2016. Dos três condenados, um era gerente e os outros dois chefes de segurança da unidade. A informação foi divulgada pelo MPSC na sexta-feira (18).
Segundo denúncia do órgão, ao menos 44 episódios foram registrados contra os três agentes, afastados do cargo no decorrer do processo. O gerente foi acusado de 27 crimes e condenado a 34 anos de prisão por associação criminosa, corrupção passiva, concussão, prevaricação e tortura.
Na lista de acusações, estão pedidos de cunho sexual em troca de privilégios para as presas, como regalias no trabalho, entrada de objetos e alojamento especial. Se elas se recusassem, no entanto, eram ameaçadas com proibição de visitas dos familiares, transferência para outras unidades e castigos físicos e mentais.
Já os chefes de segurança foram condenados a 30 e 13 anos de prisão. Um deles teria solicitado que uma presa praticasse sexo oral. Ele também foi denunciado por uma série de agressões.
O outro além de violação sexual, ameaças e torturas contra as presas, foi acusado de assediar sexualmente uma vigilante. A funcionária foi demitida por se recusar a cumprir o pedido de cunho sexual.
Fonte: G1/SC