Músico deixou um legado marcante na música tradicional gaúcha e brasileira.

O tradicionalismo gaúcho se despede de um de seus ícones, Albino Manique, que faleceu nesta quinta-feira (25) aos 80 anos de idade, no Hospital São Lucas da PUCRS, em Porto Alegre. O músico, nascido em São Francisco de Paula, lutava contra diversos problemas de saúde decorrentes de um câncer de pulmão que se espalhou para outros órgãos.

De acordo com seu irmão, Dinarcy Manique, Albino estava internado há cerca de 20 dias e, apesar de ter recebido alta temporária, precisou retornar ao hospital no dia seguinte. O acordeonista deixa um legado notável na música gaúcha e brasileira, com uma carreira marcada por sua maestria no acordeão e por sua contribuição para o cancioneiro do Rio Grande do Sul.

Albino Manique iniciou sua jornada musical aos sete anos de idade e aos 11 mudou-se para Porto Alegre em busca de seu sonho. Ao longo de sua carreira, gravou mais de 40 trabalhos, seja em carreira solo ou com a Dupla Mirim, que mais tarde se tornou Os Mirins. Estima-se que tenha sido autor de mais de 300 canções.

Sua notoriedade se expandiu durante a década de 1950, quando participou de programas de rádio na capital gaúcha. Com Chico Castilhos, Manique gravou o primeiro disco em 1961, intitulado “Barbaridade”. Em 1969, lançou seu álbum solo “Alma de Acordeon”, mas continuou colaborando com Os Mirins até 1978.

Além de sua carreira como intérprete, Albino Manique era um músico de estúdio muito requisitado, responsável por arranjos e gravações de acordeão para diversos grupos e cantores do estado. Em 2014, recebeu o Troféu Guri, em reconhecimento ao seu papel em promover a música gaúcha.

Sua partida deixa uma lacuna no cenário musical do Rio Grande do Sul, mas seu legado permanecerá vivo através de sua música e de suas contribuições para a cultura gaúcha.