O trabalho remunerado dentro das prisões catarinenses não só oferece benefícios sociais e econômicos, mas também contribui para a manutenção das unidades prisionais.

Santa Catarina, através da Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), tem se destacado no Brasil pela sua abordagem na reintegração social e profissional das pessoas privadas de liberdade. O estado tornou-se referência ao implementar programas de trabalho remunerado dentro das prisões, que além de oferecerem benefícios sociais e econômicos, contribuem diretamente para a manutenção e melhoria das próprias unidades prisionais.

Parte dos recursos gerados por esses trabalhos é destinada à infraestrutura, aquisição de materiais e desenvolvimento de programas de capacitação. A remuneração recebida pelos presos permite que eles ajudem financeiramente suas famílias, enquanto 25% do salário retorna aos cofres públicos para investimentos no sistema prisional.

“A principal preocupação da polícia penal no sistema prisional catarinense está ligada à segurança dos estabelecimentos e da sociedade. No entanto, mesmo com esse foco, temos índices surpreendentes de trabalho e educação no nosso sistema,” afirmou o secretário da SAP.

Em Santa Catarina, os índices de atividade laboral nas prisões são superiores à média nacional de 19%, atingindo 32% no estado. Além disso, 91% dos internos que trabalham recebem remuneração. “Essa remuneração proporciona mais dignidade aos internos, permitindo que eles auxiliem suas famílias,” explicou o secretário.

Santa Catarina se destaca como exemplo de boas práticas na administração penal, demonstrando que a valorização do trabalho e a dignidade humana são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e segura.