O Vaticano informou na manhã desta segunda-feira (17) que o papa Francisco segue internado para tratar uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias. O diagnóstico levou à necessidade de ajustes no tratamento, e até o momento não há previsão de alta. De acordo com o boletim médico divulgado às 9h, o estado de saúde do pontífice é considerado delicado, o que justifica a permanência no hospital Gemelli, em Roma.

Os exames realizados nos últimos dias indicaram a presença de múltiplos micro-organismos no trato respiratório, tornando o quadro mais complexo e exigindo uma abordagem terapêutica específica. Apesar disso, um boletim anterior já havia apontado uma condição clínica estável, com o papa descansando bem e alternando momentos de repouso com leituras.

No domingo (16), Francisco não rezou o Angelus Dominical, decisão tomada para evitar esforços desnecessários. Além disso, sua agenda foi completamente desmarcada, incluindo uma missa especial para artistas, que fazia parte da programação do Ano Jubilar da Igreja Católica. Em comunicado, o papa pediu desculpas por sua ausência nos eventos e agradeceu as mensagens de apoio.

Infecção polimicrobiana: entenda o diagnóstico do papa

A infecção polimicrobiana ocorre quando mais de um tipo de micro-organismo, como vírus, bactérias ou fungos, afeta o organismo simultaneamente. No caso do papa Francisco, a condição é uma evolução de uma bronquite diagnosticada no início do mês. Devido à sua idade, o problema exige atenção redobrada para evitar complicações.

Recentemente, sinais de fragilidade na saúde do pontífice já vinham chamando atenção. Em algumas ocasiões, ele precisou delegar a leitura de discursos a um assessor durante cerimônias oficiais, o que aconteceu pelo menos três vezes nos últimos dias.

Embora sua internação tenha sido mantida para um monitoramento mais rigoroso, o Vaticano ainda não informou uma previsão para sua recuperação total e retorno às atividades normais.