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    Rádio Alvorada 94.5 - Santa Cecília

Morre Cid Moreira, ícone da televisão brasileira, aos 97 anos

Nesta quinta-feira (3), faleceu aos 97 anos o jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, um dos maiores ícones da televisão brasileira. Cid estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis (RJ), desde o início de setembro, tratando de insuficiência renal crônica. Seu estado de saúde se agravou, resultando em falência múltipla dos órgãos.

Carreira e legado

Cid Moreira, nascido em 1927 em Taubaté (SP), começou sua carreira no rádio em 1944 e se tornou um dos nomes mais conhecidos da comunicação no Brasil. Ele foi responsável por apresentar o Jornal Nacional cerca de 8 mil vezes, consolidando sua presença na televisão brasileira ao longo de 26 anos.

Em 1969, Cid fez sua estreia no Jornal Nacional ao lado de Hilton Gomes, no que se tornaria o principal telejornal do país. Sua voz firme e o tradicional “boa-noite” tornaram-se sinônimos de credibilidade e pontualidade na televisão. Ele dividiu a bancada com Sérgio Chapelin em uma parceria histórica até 1996, quando passou a se dedicar à leitura de editoriais no programa.

Participação no Fantástico e vida após o JN

Além do Jornal Nacional, Cid Moreira participou do Fantástico desde sua estreia, em 1973, com uma presença marcante. Ele também ficou famoso por narrar o quadro do ilusionista Mr. M, que foi um grande sucesso nos anos 1990.

Na década de 1990, Cid iniciou um novo capítulo de sua carreira, dedicando-se à gravação de salmos bíblicos. Em 2011, completou o ambicioso projeto de gravar a Bíblia na íntegra, consolidando seu sucesso fora do jornalismo tradicional.

Em 2010, sua biografia, “Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil”, foi lançada, escrita por sua esposa Fátima Sampaio Moreira. Mesmo depois de se afastar dos telejornais, Cid continuou a ser lembrado por gerações como uma referência na comunicação brasileira.

Um legado inquestionável

Cid Moreira deixa um legado marcado pela ética, pela credibilidade e por uma voz inconfundível que atravessou décadas. Ele será lembrado não apenas como o rosto do Jornal Nacional, mas como um dos pilares da televisão brasileira, com uma carreira que se estendeu por mais de 70 anos.

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