Deputados e senadores foram às urnas neste sábado (1/2) para eleger os novos presidentes e integrantes das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado. Na Câmara dos Deputados, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito com 444 votos, sucedendo Arthur Lira (PP-AL) no comando da Casa. Já no Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) foi reeleito presidente com 73 votos, consolidando-se como uma das principais lideranças do Legislativo.
A eleição de Hugo Motta foi marcada pelo amplo apoio de 17 partidos, com apenas Avante, PSol e Novo não declarando apoio ao candidato. O PSol e o Novo lançaram candidatos próprios para marcar posição: o deputado Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ) obteve 22 votos, e Marcel Van Hatten (Novo-RS) recebeu 31. Em seu discurso de posse, Motta destacou a defesa da democracia e a importância da harmonia entre os Poderes. “Serei um guardião da independência e uma sentinela permanente pela harmonia”, afirmou, ressaltando o protagonismo do Congresso Nacional.
No Senado, Davi Alcolumbre foi eleito com um dos maiores números de votos desde a redemocratização, superando os candidatos Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE), que receberam 4 votos cada. Em seu discurso, Alcolumbre afirmou que não busca protagonismo, mas sim ser um “catalisador de consensos” para melhorar a vida da população brasileira. Ele também enviou um recado ao Judiciário, defendendo o respeito às prerrogativas do Legislativo.
A formação das novas Mesas Diretoras deve influenciar a dinâmica do Congresso nos próximos anos. Na Câmara, a 1ª vice-presidência ficará com Altineu Côrtes (PL-RJ), enquanto a 2ª será ocupada por Elmar Nascimento (União-BA). No Senado, Eduardo Gomes (PL-SE) assume a vice-presidência, e Humberto Costa (PT-PE) ficará com a 2ª vice-presidência.
O governo Lula demonstrou otimismo com a eleição de Hugo Motta, esperando uma melhora na governabilidade. Já a relação com o Senado pode enfrentar desafios, especialmente com o retorno de Alcolumbre, conhecido por sua atuação nos bastidores e por exigir contrapartidas em negociações.
Com as novas lideranças definidas, o Congresso inicia um novo ciclo com a missão de buscar consensos em temas sensíveis, como as emendas parlamentares e a pauta econômica. A expectativa é que a harmonia entre os Poderes seja mantida, mas os desafios políticos e institucionais prometem testar a capacidade de diálogo e negociação dos novos presidentes.