Os códigos QR (quick response) se tornaram uma ferramenta essencial no dia a dia, facilitando pagamentos, acessos rápidos a sites e serviços digitais. No entanto, essa praticidade também tem atraído golpistas, que utilizam a tecnologia para aplicar fraudes conhecidas como “golpe do QR Code”. A estratégia consiste em redirecionar vítimas para sites maliciosos, onde dados pessoais e financeiros podem ser comprometidos.
O crime acontece quando criminosos substituem códigos legítimos por versões falsas, levando usuários a páginas que simulam serviços conhecidos, como bancos e lojas online. Assim, os dados inseridos acabam sendo capturados pelos fraudadores. Especialistas alertam que sinais como bordas irregulares, desalinhamento ou aparência amadora podem indicar um QR Code adulterado.
Além disso, o risco pode estar presente em embalagens de encomendas e compras online que contenham QR Codes, pois essas informações podem ser recuperadas por criminosos caso sejam descartadas sem cuidado.
O que diz a lei?
O golpe do QR Code pode ser enquadrado em crimes como estelionato (artigo 171 do Código Penal) e invasão de dispositivo informático (artigo 154-A do CP). Além disso, viola a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709/2018), que protege informações sensíveis dos usuários.
Como evitar cair no golpe?
- Verifique a autenticidade: Inspecione o QR Code antes de escanear, conferindo sinais de alteração.
- Evite fornecer dados sensíveis: Empresas confiáveis não pedem informações financeiras por QR Code.
- Use aplicativos confiáveis: Prefira o leitor de QR Code nativo do seu celular.
- Confira a URL de destino: Certifique-se de que o site redirecionado é seguro e possui certificado SSL.
- Não baixe aplicativos via QR Code: Baixe apenas por lojas oficiais, como Google Play ou App Store.
- Mantenha o celular atualizado: Atualizações frequentes reforçam a segurança contra ameaças.
Campanha de conscientização
Para combater fraudes digitais, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) lançou a campanha “Não clica que é golpe”, alertando sobre golpes cibernéticos e orientando a população sobre como se proteger. O tema faz parte do Plano Geral de Atuação (PGA) do órgão, que prioriza a segurança digital e a proteção dos direitos da população.
Com o aumento desse tipo de golpe, a atenção e a informação são as principais armas para evitar prejuízos.