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    Rádio Alvorada 94.5 - Santa Cecília

Fumaça das queimadas na Amazônia encobre o Brasil e ameaça países vizinhos

Uma vasta camada de fumaça, proveniente de um número alarmante de queimadas, especialmente na Amazônia, tem coberto o céu de várias regiões do Brasil desde o último fim de semana. Este fenômeno, que se agravou significativamente nos últimos dias, já impacta a qualidade do ar em diversas partes do país e ameaça estender-se para os países vizinhos, como Uruguai e Argentina.

De acordo com especialistas, a origem da fumaça está concentrada principalmente na região sul da Amazônia, abrangendo os estados do Amazonas, Pará e Mato Grosso. Além disso, incêndios na parte boliviana da floresta amazónica também contribuem para o problema, agravando ainda mais a situação. A Amazônia Legal, área que inclui parte dos estados brasileiros da Amazônia, enfrenta o maior número de focos de incêndio em 19 anos, segundo dados recentes.

No entanto, não é apenas a Amazônia que está em chamas. Incêndios em outras regiões do Brasil, como o interior de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, também têm gerado fumaça que, impulsionada pelos ventos, já se espalhou por cerca de 60% do território nacional, atingindo uma área de quase 5 milhões de quilômetros quadrados. Karla Longo, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), explicou que a situação é crítica e sem previsão de melhora a curto prazo.

Sem previsão de alívio no horizonte

A onda de calor que atravessa o país, aliada à ausência de frentes frias, dificulta a dispersão da fumaça, que deve permanecer sobre grande parte do Brasil nos próximos dias. O cenário mais preocupante é esperado para a região Sul, onde a camada de fumaça se tornará ainda mais densa, potencializando os problemas respiratórios e outros impactos à saúde pública.

Impactos além das fronteiras brasileiras

A gravidade da situação ultrapassa as fronteiras do Brasil. A densa fumaça resultante das queimadas já se desloca em direção aos países vizinhos e deve alcançar as capitais do Uruguai e da Argentina até o final desta semana. Esta previsão aumenta a preocupação com os impactos ambientais e de saúde pública não só no Brasil, mas também em outras nações sul-americanas.

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