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    Rádio Alvorada 94.5 - Santa Cecília

Dez pessoas, incluindo o prefeito de Criciúma, são presas em operação que investiga crimes no serviço funerário da cidade

Nesta terça-feira (3), dez pessoas foram presas preventivamente em uma operação que investiga crimes relacionados à concessão de serviços funerários em Criciúma, no Sul de Santa Catarina. Entre os detidos está o prefeito da cidade, Clésio Salvaro (PSD). A administração municipal afirmou que não foi oficialmente comunicada sobre o caso, enquanto a equipe de Salvaro divulgou um vídeo no qual o político nega qualquer envolvimento em crimes, atribuindo as acusações a questões políticas.

Além de Criciúma, a operação resultou na prisão de investigados em Jaraguá do Sul, São José e Florianópolis. As investigações, que começaram em 2023, culminaram na operação desta terça-feira, a qual é um desdobramento da “Operação Mercadores da Morte.” Em agosto deste ano, a primeira etapa da investigação já havia resultado em buscas na sede da prefeitura de Criciúma.

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pela operação, denunciou em 26 de agosto os envolvidos por crimes como organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupções e crimes contra a ordem econômica. O grupo investigado inclui empresários e agentes públicos, e o processo tramita sem sigilo no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).

Os presos foram submetidos a exame de corpo de delito e encaminhados ao sistema prisional, onde aguardarão audiência de custódia.

A operação foi batizada de “Operação Caronte”, em referência ao barqueiro da mitologia grega que transporta as almas dos mortos para o mundo dos mortos, destacando a seriedade das acusações relacionadas aos serviços funerários.

Em vídeo divulgado após a prisão, Clésio Salvaro reafirmou sua inocência, declarando: “Eu tenho certeza da minha inocência. Jamais, em momento algum […] não há dolo, não há intenção, não há vantagens, não há absolutamente nada, nada, nada que possa me incriminar.”

A prefeitura de Criciúma, por meio da Procuradoria-Geral, informou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre os fatos e que todos os serviços públicos municipais continuam sendo prestados normalmente.

O Gaeco é uma força-tarefa composta por diversas instituições, incluindo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a Polícia Militar, a Polícia Civil e outras, com o objetivo de combater organizações criminosas. O GEAC é um grupo especializado do MPSC focado em investigações e ações judiciais contra a corrupção em casos de maior gravidade ou complexidade.

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