O município de Maravilha, no Oeste de Santa Catarina, foi o primeiro a registrar a ocorrência de “chuva preta”, causada pela presença de fuligem e cinzas na atmosfera, provenientes das queimadas que atingem a Amazônia há semanas.
A fumaça, que já havia sido notada em várias áreas do estado, misturou-se com a chuva, resultando no fenômeno. A Defesa Civil de Santa Catarina, por meio de sua Central de Monitoramento, havia previsto a possibilidade de “chuva preta”, alertando sobre a alta concentração de fuligem trazida das queimadas na Amazônia.
Explicações e Previsões
O meteorologista-chefe da Defesa Civil, Felipe Theodorovitz, explicou que o fenômeno está associado à passagem de uma frente fria, que começou nas áreas próximas à divisa com o Rio Grande do Sul e avançou para outras regiões de Santa Catarina. As chuvas devem continuar até o fim da semana, com possibilidade de novos registros de “chuva preta” em outras cidades entre os dias 12 e 13 de setembro.
Os especialistas ressaltam que o fenômeno é perceptível apenas quando a chuva atinge o solo, não sendo visível no céu com uma coloração escura.
Recomendações da Defesa Civil
A Defesa Civil orienta a população a adotar cuidados, pois a “chuva preta” pode conter substâncias tóxicas prejudiciais à saúde, especialmente ao sistema respiratório. Entre as principais orientações estão:
- Evitar a exposição à chuva, permanecendo em locais fechados.
- Não usar água da chuva para consumo ou higiene pessoal.
- Manter portas e janelas fechadas para evitar a entrada de fuligem.
- Usar máscaras ou lenços para proteger nariz e boca, principalmente para pessoas com problemas respiratórios.
A equipe de monitoramento da Defesa Civil, em parceria com órgãos ambientais, continua acompanhando a qualidade do ar em tempo real e reforça a importância de seguir os alertas emitidos pelos canais oficiais.