A queda na taxa de desemprego e a estabilidade nos preços foram fatores determinantes para o aumento do consumo.

O consumo das famílias brasileiras nos supermercados aumentou discretamente em junho, com um crescimento de 0,20% em comparação a maio, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (25) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O vice-presidente da entidade, Márcio Milan, atribui essa leve melhora à redução gradual na taxa de desemprego, que alcançou 7,1% no trimestre de março a maio de 2024. Este índice representa uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a taxa foi de 8,3%.

“A taxa de desemprego continua caindo gradualmente, chegando a 7,1% no trimestre março, abril e maio de 2024. A queda foi de 1,2 ponto percentual na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, quando a taxa foi estimada em 8,3%. Isso tem ajudado bastante a movimentar a economia e também o consumo nos lares”, afirmou Milan.

Os preços nos supermercados apresentaram um aumento pequeno em junho. O preço médio nacional da cesta básica subiu de R$ 745 em maio para R$ 752 em junho. A cesta mais barata foi registrada no Nordeste, custando R$ 685, enquanto a mais cara foi no Sul, onde chegou a R$ 848.

Entre os produtos, a batata teve a maior alta de preço em junho, com um aumento de quase 15%, acumulando uma alta de 70% nos últimos 12 meses. O leite longa vida também teve um aumento significativo de 7,5% em junho.

Por outro lado, houve quedas importantes nos preços de alguns produtos. No primeiro semestre, o grupo das proteínas registrou uma queda de mais de 4% na carne bovina traseira, e mais de 2% na carne bovina dianteira e no frango congelado. Entre os vegetais, o preço da cebola caiu 7,5% em junho.

Outro dado positivo apresentado pela Abras foi a inauguração de quase 240 novas lojas no país durante o primeiro semestre deste ano, sendo 96 supermercados e 74 atacarejos, demonstrando a saúde e expansão do setor.