O país asiático vendeu 129.933 veículos, representando um aumento de 717% em relação ao mesmo período do ano anterior e 57,5% do total de automóveis importados pelo Brasil.
A China conquistou a posição de maior vendedora de carros para o Brasil no primeiro semestre de 2024, com 129.933 veículos vendidos de janeiro a junho. Esse número representa um aumento de 717% em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram importados 15.894 carros chineses. A quantidade comercializada pelos chineses corresponde a 57,5% do total de automóveis de passageiros importados pelo Brasil no período.
Os chineses ultrapassaram a Argentina, que era anteriormente o maior vendedor de carros para o Brasil. No primeiro semestre de 2024, a Argentina vendeu 41.628 unidades, enquanto no mesmo período de 2023, havia vendido 56.988 carros. Esse resultado coloca os chineses com mais que o triplo (212,1%) das vendas argentinas.
Em termos de valores, os carros vendidos pelos chineses somaram US$ 2,6 bilhões no primeiro semestre de 2024, estabelecendo um recorde e representando 52% do total entre todos os países que comercializam com o Brasil. A Argentina ficou na segunda posição, com US$ 758,7 milhões. No primeiro semestre de 2023, os argentinos venderam US$ 1 bilhão em carros, enquanto os chineses ficaram em segundo lugar com US$ 251,9 milhões, seguidos de perto pelo México, com US$ 251,3 milhões.
Os carros com motor a combustão continuam a liderar entre os veículos importados pelo Brasil, com 76.774 unidades. No entanto, os automóveis elétricos têm ganhado destaque, aparecendo em segundo lugar com 68.499 unidades, impulsionados significativamente pela China, que comercializou 62.613 carros elétricos, representando 91,4% do total de elétricos no primeiro semestre de 2024.
A China obteve US$ 1,2 bilhão com a venda de carros elétricos ao Brasil em 2024, o que equivale a 97,8% de todos os veículos desse tipo vendidos pelo país asiático ao Brasil na história.
O levantamento, realizado pelo Poder360 com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), destaca a crescente influência da China no mercado automotivo brasileiro, refletindo uma mudança significativa nas dinâmicas de comércio exterior do setor.